ESCOTISMO
Escotismo,
fundado por Lorde Robert Stephenson Smyth Baden-Powell,
em 1907, é um movimento mundial, educacional, voluntariado, apartidário, sem
fins lucrativos.
A sua proposta é
o desenvolvimento do jovem, por meio de um sistema de valores que prioriza
a honra, baseado na Promessa e na Lei escoteira, e através da prática do
trabalho em equipe e da vida ao ar livre, fazer com que o jovem assuma seu
próprio crescimento, tornar-se um exemplo de fraternidade, lealdade, altruísmo,
responsabilidade, respeito e disciplina.
ESCOTISMO
NO BRASIL
A primeira
notícia sobre o Escotismo publicada no Brasil foi no dia 1o. de dezembro de
1909, no número 13 da revista Ilustração Brasileira editada no Distrito
Federal, no Rio de Janeiro, e com circulação nacional. A reportagem tinha o
título : Scouts e a Arte de Scrutar; ocupava três páginas e apresentava 7
fotografias. A matéria fora preparada na Inglaterra pelo 1o. Tenente da Marinha
de Guerra Eduardo Henrique Weaver,
onde se encontrava a serviço. Teve, assim, a oportunidade de presenciar o
nascimento do Movimento Escoteiro – Scouting for Boys,
criado em 1907 pelo General Inglês Baden-Powell
– B. P. Na época, juntamente com o Tenente Weaver,
encontrava-se na Inglaterra numeroso contigente de Oficiais e Praças da Marinha –
preparava-se para guarnecer os novos navios da esquadra brasileira em
construção. Um grupo de suboficiais de entusiasmou com o revolucionário método
de educação complementar imaginado por B-P. Entre eles estava o
Suboficial Amélio Azevedo Marques que fez com que seu filho Aurélio ingressasse
em um dos Grupos Escoteiros locais. Assim, o jovem Aurélio Azevedo Marques foi
o primeiro Escoteiro Brasileiro ou, mais precisamente, o primeiro Boy Scout Brasileiro.
Quando da
vinda para o Brasil, os militares trouxeram consigo uniformes escoteiros ingleses,
no valor de trinta libras esterlinas. O Encouraçad "Minas Gerais", navio onde
estava embarcada a maioria dos militares interessados em trazer para o Brasil o
Movimento Escoteiro, chegou ao Rio de Janeiro em 17 de abril de 1910. No dia 14
de junho do mesmo ano, na casa número 13 da Rua do Chichorro no Catumbi, Rio de
Janeiro, reuniram-se, formalmente, todos interessados pelo escotismo e
embarcados nos navios que haviam chegado ao Brasil. Naquele local foi
oficialmente fundado o Centro de Boys Scouts do
Brasil. O evento foi informado aos jornais, os quais publicaram a carta
recebida da Comissão Diretora. A correspondência enviada começava nos seguintes termos:
À imprensa desta capital, brilhante e poderoso fator de progresso, campeã de
todas as idéias nobres, vem o Centro de Boys Scouts do
Brasil, solicitar o auxílio de sua boa vontade, o esteio de que necessita para
que em todos os lares brasileiros penetre o conhecimento do quanto à Pátria
pode ser útil a instrução dos Boys Scouts. Anexo a comunicação foi enviado documento
que descrevia as Bases do Centro de Boys Scouts do
Brasil que assim começava:
1o.- fica
nesta data instituída uma sociedade de instrução, diversões e esportes para
meninos, semelhante em tudo que for possível a dos "Boys Scouts" da Inglaterra.
O Tomo I –
1910 – 1924 Os primórdios do Escotismo do Brasil da história do Escotismo
Brasileiro, de autoria do Almirante Bernard David Blower, editado pelo Centro Cultural do Movimento
Escoteiro em 1994, é a publicação de referência para a obtenção de informações
mais complexas sobre este assunto que está sendo abordado de maneira sucinta.
Do mencionado livro, ao final do capítulo II – Introdução no Brasil,
transcreve-se: infelizmente, por diversas razões, a existência do Centro
(referindo-se ao Centro de Boys Scouts do
Brasil) foi efêmera; entre essas razões estavam o fato que de os dirigentes do
Centro viajavam constantemente e mesmo por terem alguns sido transferidos para
unidades fora do Rio de Janeiro, além da falta de conhecimento do pais sobre o
alcance da novel instituição concorrendo para a frequente ausência de seus
filhos às atividades escoteiras de campo. Segundo informações, já em 1914 não
mais existia o Centro. E mais adiante: No entanto, a semente lançada ainda
daria fruto como demonstra o capítulo IV.
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